Municipários encerram greve e retornam ao trabalho na sexta em Santa Maria

O Sindicato dos Municipários de Santa Maria (SMSM) decidiu, em assembleia geral realizada na tarde desta quarta-feira (03), no auditório da Cesma, encerrar a greve iniciada em 24 de novembro. O retorno ao trabalho está previsto para sexta-feira (05). Mesmo com o fim da paralisação, a categoria deliberou pela manutenção do estado de greve, mantendo vigilância sobre os próximos passos do Executivo e reforçando que seguirá mobilizada contra a reforma da previdência e em defesa do serviço público.

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A decisão ocorre no mesmo dia em que o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) também aprovou o encerramento da greve. No caso dos professores, o retorno às aulas foi marcado para esta quinta-feira (04). As duas categorias estavam paralisadas em reação ao pacote de reforma previdenciária enviado pela prefeitura à Câmara de Vereadores no início de novembro.

A votação dos municipários acontece poucas horas após a Prefeitura de Santa Maria anunciar a retirada do projeto que previa uma operação financeira para viabilizar o pagamento do 13º salário dos servidores. A proposta, que permitiria antecipação via empréstimo consignado com juros custeados pelo município ou pagamento parcelado em 10 vezes em 2026 para quem não aderisse, foi retirada diante da falta de apoio no Legislativo. Segundo o Executivo, a desistência impacta diretamente a folha de dezembro e o repasse a fornecedores.

A retirada foi oficializada após uma noite de tensão na Câmara. A sessão de terça-feira (2), que discutia o projeto em regime de urgência, foi marcada por protestos, interrupções sucessivas, bate-boca entre vereadores, intervenção policial e forte mobilização de servidores nas galerias. O texto chegou a entrar na pauta perto das 23h, mas não houve acordo para votar em sessão extraordinária. Sem ambiente favorável e diante do entendimento do Legislativo de que a operação financeira era inviável, o governo recuou.

Mesmo com o recuo do Executivo em relação ao 13º, os municipários reforçaram que a luta principal é a retirada definitiva dos quatro projetos que compõem a reforma da previdência municipal. Na avaliação do sindicato, a suspensão anunciada pelo prefeito não encerra o debate sobre o tema, que segue sendo o eixo central da mobilização.